sexta-feira, 1 de maio de 2009

Tributo à Minha Mãe, 2a. parte

e assim foram assim se defendendo da melhor forma, fazendo novas empreitadas, haja vista suas habilidades e disposição para o trabalho.
Os pais queriam que todos tivessem melhores condições de vida.
Logo apareceu um cidadão com habilidade de buscar operários para as fábricas na capital. Primeiro emprego foi numa fundição de panelas de ferro.
Enquanto os pais trabalhavam fora a minha mãe ficava no albergue.
Logo apareceu outra sugestão e as coisas foram melhorando para eles. Havia muitas trocas de produtos entre São Paulo e o Rio Grande do Sul, especialmente Caxias do Sul, que com o surto de desenvolvimento que se apresentava, com a colónia italiana produtiva, se vislumbraram novas oportunidades de negócios. Pesquisas a olho foram realizadas! O Vovô resolveu montar uma pequena fábrica de botinas para os trabalhadores. Desfez-se do negócio porque era difícil conseguir matéria prima para essa atividade. Devido as constantes crises políticas no Brasil e economia se desorganizava célere. Vendeu seus pertences e foi ao Rio de Janeiro, onde resolveu montar novamente uma fábrica de calçados. A propaganda era de que bom lugar seria em Belo Horizonte, Minas Gerais. Lá se foram...
Montaram uma banca no Mercado Público e vendiam vários produtos, principalmente alimentos.
Estranharam o sistema existente entre a sociedade e o povo mineiro e logo retornaram a São Paulo. Dez anos de idas e vindas se foram.

Em seguida souberam através dos buscadores de mão de obra que no Rio Grande do Sul estavam doando terras a troco de mão de obra para desmatar e abrir estradas. Vieram!
Um cidadão de nome Emilio Priebe foi buscá-los em Santo Ângelo, na estação do trem, levando-os até a Linha Doutor Pederneiras. Aquerenciaram-se logo e depois foram a Vila Pratos, limítrofe com a Argentina. Lá haviam numerosos grupos étnicos, russos, poloneses, alemães, até gente vinda da China!

Logo em seguida abriu um loja comercial, que comprava e vendia produtos de primeiras necessidades. Levava a São Paulo e de lá trazia tecidos e artigos não perecíveis para o abastecimento das famílias.
Houve movimentações familiares, casamento da mãe, filhos, mudanças, novas perspectivas!

Casada montaram uma Ferraria onde fabricavam carroções daqueles do tipo reforçado para transporte de madeiras. Sucesso!
Depois de radicais mudanças de profissão e de hábitos declínio

Tributo à Minha Mãe

Conta hoje com quase 87 anos. Veio para o Brasil com seus pais e uma tia. Seus pais Pavel Prossi e Ana Novassowski aqui aportaram vindos de navio, cuja chegada deu-se em 1926 no Porto de Santos, São Paulo, após ter feito escala em Dakar na África.
Aquela viagem durou pouco mais de três semanas.
Em Santos a família foi levada a uma Fazenda de Café, para trabalharem como empregados na colheita e preparação da produção. No princípio os ganhos davam somente para a alimentação e não raras vezes somente pão e água!
Um episódio marcante contado pela minha avó, foi o de que estava com vontade de comer algo mais forte, foi até a venda da propriedade e pediu alguns produtos, apontando com o dedo e sinalizou que não tinha "manetum" (moeda) para pagar e ofereceu um lindo chale trazido do frio como garantia e o vendedor recusou-se aceitar este tipo de garantia, cedeu os produtos e disse
ou sinalizou que poderia pagar depois. Emoção!

De repente apareceu um patrício e já mais experimentado recomendou-lhes que procurassem uma oportunidade para zarparem dali e irem para a Capital, em busca de novas oportunidades.
Na realidade aquela vida era de escravidão, pois o avô mostrou habilidades e só era usado!
Foram orientados para que, quando o trem parasse numa estação em meio a Fazenda eles poderiam evadir-se e irem para o lugar indicado.
Assim fizeram e foram dar no Alto da Moóca que tinha uma estalagem ou albergue,a qual chamavam de Casa da Imigração e assim as coisas ficaram melhores, com as novas perspectivas que se avizinhavam.

Foram aprendendo a defesa nomeio social com o aprendizado de um pouco da língua portuguesa

quinta-feira, 9 de abril de 2009

VENTANIA, Prosa de Galpão

O vidente muito cedo perdeu a vida
aconselhava a todos e recomendava paciência;
seriam abençoados.

Premiados também seriam para que pudessem
recuperar as causas perdidas,
certamente, ainda teriam direito a bênçãos superiores.

Um grande prêmio terá boa aplicação em uma fazenda
que precisa ser reestruturada.
O futuro novo rico logo empreendeu planos e empregaria,
em sua maioria, os inimigos de quem cometeu o desatino
de ter inventado o trabalho.
Os que mais reclamam que ninguém os ajuda também seriam
aquinhoados com novas  atividades!

Logo o número um, de nome Ventania, perguntou e eu o que 
vou fazer?
"Tu vais lavar os xergões e pelegos da fazenda uma vez por 
semana".
Saiu em disparada, ofendido, rumo ao galpão da peonada,
chorando em desespero; e o mais matreiro perguntou o que
houve Ventania?
"Tô apavorado pois que o pior serviço tocou pra mim".


THEMIS

Intendentes, como ela, não querem enxergar com possíveis
alegações de que não existem verbas.
Eles pobremente alugam sem ônus banheiros públicos,
sórdidos, mal-cheirosos como pequenos apartamentos,
sem dignidade nenhuma.
Restos de sanduíche são associados à cucarachas, que labutam
muito mais a noite do que de dia!

Pobres seres, humanos?

Promessas de saciabilidade geral...
A cada dia o exército sem estratégia nenhuma aumenta!
Como estancar tamanho rombo social?

Planejadores esquecem  que precisamos viver 
holisticamente do que experimentar confortáveis assentos
dos aeroplanos que os levam longe na vã e triste sina da
mendicância de verbas públicas, como se favores fossem 
do concedente.

Dignidade!


Farroupilhas

Buscam-se tradições adaptáveis à modernidade,
poucos novos adeptos para antigas tradições
galponeiras, onde queima estridente o pau-ferro,
que aquece o sangue da simplicidade, daqueles 
que ainda sabem encilhar e montar o cavalo,
melhor companheiro do homem do campo!

Daí vem a memória nas rodas do mate; dos 
embates  desde a guerra do Paraguai, onde só
ouviram falar; da Coluna Prestes, do tenentismo,
dos cangaceiros que pelo vil metal perseguiam  para
que os do capital não perdessem privilégios!

Como é bom e amável respirar o ar puro exalado
pela liberdade.

Queira o Grande Arquiteto dos Universos repartir
suas bondosas vibrações de amor e paz!





quarta-feira, 8 de abril de 2009

Atitude Humana Onde Estás?

Fogo, chuvas, falta de água, assoreamento, destruição,guerras.
A imprensa nos mostra todo momento as incoerências
dos humanos.
Tocam profundamente em nossas emoções.
Registram em nossas memórias coisas ruins
Más atitudes, embrutecimento dos seres humanos,
distanciamento entre as pessoas é uma constante.

Urge voltarmos nossos olhos a um passado recente
para resgatar um pouco do que perdemos!

Os rios poluídos; não existem mais as margens de 
proteção.

A pesca predatória se autoproteje na carapaça
de instituições que as guardam e sustentam. 
As matas são terrível e sistematicamente
devoradas para fazer "caixa" e aumentar 
a área plantada. Onde guardar tudo isso?

Voe, voe, experimente! Vá passear e veja o redor!
Vem, célere, o desequilíbrio montado no imaginário 
alazão.  Loucuras para o salve-se quem puder!
 O que fizemos para que não acontecesse?
Queremos um mundo melhor para nossos
filhos e netos?
Recomecemos agir antes que seja tarde demais!

O ser humano é o único animal que fala e que pensa!


Fatalidade

Lastimável que assim tenha acontecido.

De repente tu precisas ir. Já é costume.
Todos almejam boa sorte, boa viagem, vá com Deus,
te ligo depois, na chegada te conto tudo!

A pressa, inimiga primeira, nos prega peças 
inesperadas.

Imensurável tragédia num ato só!

A dor ficou para todo o sempre com os que não 
voaram.
Essa dor jamais será olvidada; a saudade dos que foram
numa viagem sem regresso!


Ansiedade

Não procures o que não foi perdido
escute os pássaros, eles querem cantar,
querem exibir-se.

Caminhe por lugares desconhecidos,
olhe as flores. Olhe como são belas
e o que fazes para conservá-las?
Queres ansiar-te propositadamente
e sem grandes motivações.

Procure ver nas mínimas coisas
a grandeza dos detalhes; busque enxergar
sinais da perfeição da natureza.

Veja o ancião que quer produzir ainda,
ele, devemos crer, ainda não completou
sua própria obra; quer novos progressos.

Será que os peixinhos que nadam no aquário
não gostariam de nadar num rio?
Somos, enfim, livres e de bons costumes
e não percebemos!

Tributo a Helena Meireles

Encanta qualquer ser
com simplicidade
dedos finos
dominam finas cordas de 
aço,
vibrações de ternura e
PAZ!
alegram viventes de todos
continentes;
Oh Helena!
Tu que não és a de Tróia,
porque noutra época vive!
Acordes tirados do arame refazem
o mundo pequeno que nos rodeia.
Rancores e rumores se misturam
na busca incessante da perfeição
humana,
e, quando silentes nos harmonizamos
contigo!
Diante de tanta beleza enxergamos
o Pantanal, a Chapada dos Guimarães,
Bonito, Aquidauana.
Diante de tanta beleza é possível nos abstrair
e harmonizarmo-nos com aonipresente
força sobre humana!
Diante de tanta majestade vimos quão
pequenos somos.
E assim sendo, podemos nos recolher
à insignificância do nosso próprio
SER!
Oh Helena,viva mais!

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Estas letras foram formatadas pouco tempo antes da magistral
Helena Meirelles partir para o Oriente Eterno.
Reconhecida após muito sacrifico, nos Estados Unidos, pelos estrangeiros
que a conheceram no Mato Grosso do Sul.  Despojada, pobre, sofrida, deixou um 
legado cultural da mais fina e pura delicadeza!
Sua vasta interpretação certamente entrará para o 
cabedal da cultura brasileira e regional.




Viagem, Sem Regresso!

Já pedí aos que me são caros
Támbém aos amigos fraternos
Que velório não quero!
Não quero terra por cima.

Receio que por imprecaução algum vivo
Queira cometer o desatino de ler a 
folha corrida, conhecido como "vitae".

E, também evitar discurso, acho que quem o faz
Somente enxerga virtudes!
Os defeitos ficam guardados no baú e aí
algum dia, não vai faltar, alguém encontrará 
o indizível.
Para que então ser exposto, já noutro lado?
Porisso, quero ser cremado e minha esposa 
TAMBÉM!

sábado, 28 de março de 2009

Luís de Camões

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve,  as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em  choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.









Andrei - Escola São Francisco de Assis

presente inusitado

Há alguns anos fui convocado para fazer um curso de altos estudos financeiros, o que é dinheiro, o que existe por trás desse tipo de negócio...