domingo, 28 de junho de 2015

14 de abril de 1997.

Mansidão da sombra,
alma em trânsito,
perspectiva de longa viagem,
o coração está em paz.
Diálogo com o silêncio.
Inefável o fim desta manhã,
aqui está o infinito,
vasta memória.
O sofrimento é passado,
mas tudo importa!

Luís Carlos de Arapey


"Para Anatolio e Familia com abraço fraterno 
do velho amigo Luís".

Despediu-se o amigo dia 12 de junho, 
tendo cumprido 
sua missão neste plano terreno
certamente juntou-se a mentes
desejosas de mais progresso.
A sua cadeira ficou vazia mas
impregnada de boas vibrações...
Escreveu muito, leu muito, 
poetizou muito,
várias vezes esteve em
Santa Rosa, Pratos, Tucunduva,
Não mediu esforços para
manter de pé a amizade que
construiu desde a juventude
com Clement e Zina, companheiros
inseparáveis.
Não foi adepto das homenagens
públicas mas deixou um legado
forte de suas convicções...

sexta-feira, 26 de junho de 2015

FACAS COQUEIRO E ESTRELA

Fabricadas originalmente pela firma SCHOLBERG & COMPª. de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil!
As marcas de facas e outros eram marcas registradas legalmente, ou seja: Coqueiro e Estrella, esta de cinco pontas. O coqueiro de sua marca possui doze palmas, dois cachos de côco e a relva, chão com gramas e a estrella de cinco pontas com metade em preto e outra em branco.
Fabricavam armas, metais finos, talheres e cutelaria fina, apetrechos de caça, munições, artigos de cristais. etc. 
A Scholberg & Cº. foi fundada em 1854, sob a firma de Viúva Laport & C. a que sucederam as de Alexandre GADET, (que fazia parte da primeira) e Scholberg & Gadet, até 1882; daí a 1894, a de Scholberg, Jouclá & Silva; daí a 1907 a de Scholberg & Jouclá.
Até inicio do sec. passado de 1907 em diante eram três os sócios da firma: Eugênio BELMONDY. João H. JACOTET e Madame Clementine Sneyders SCHOLBERG.
Imaginemos, 108 anos se passaram e essa marca continua fazendo colecionadores babarem de vontade de possuir uma original...
Mas também temos grosseiras imitações circulando pelo mercado, quem não conhece direito ou não sabe embarca literalmente em uma canoa furada!
Argolas, peças ricamente trabalhadas, enfeites de montaria, peiteiras, capa de selim, sapatos de metal branco para senhoras, peças extraordinariamente elaboradas, só conheço um plateiro na Argentina, em Bonaires, que produz preciosidades.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Canalhas

São tipo cebola, 
Você tira a casquinha marrom
Tem outra parte canalha
Tem mais uma também canalha
Vai tirando mais e continua
Sendo canalha...
Depois de tirar muitas partes
Sobra o miolo da cebola
Canalha também, que
Pode ser chamado também
De biltre, de patife, comum
Nos filmes de far west 
Americano...enfim
Temos consolidado um
Novo tipo de homem, que 
Se reproduz com 
Tanta facilidade que
Podemos incluí-lo no 
Rol dos animais a serem 
Profundamente estudados!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SEGUNDO LIVRO

Já, felizmente, recebi inúmeros pedidos e sugestões, de amigos leitores, da minha grande companheira e esposa Solange pelo que tenho escrito e relatado assuntos,  romanceado algumas
histórias regionais e de fatos críveis, estou começando a ficar incomodado com essa idéia e de repente vou prá rua com esse projeto.. 
Fato sui generis foi o do Prof. Del Olmo, causídico e professor com doutorado em direito internacional: cliente da gráfica, casualmente,  deu uma lida no "rascunho da bíblia" puxou o bloco de cheques e
deixou pago 15 exemplares, sem que soubesse do evento. Cada lugar em que palestrou, deixou
uma semente, em cada lugar o mestre por tradição deve deixar uma obra para o acervo da
biblioteca da entidade promotora. Manaus, Bolívia, Rio, Brasília, etc. tem uma marquinha do
Reflexos....que lindo isso!
Mas no entanto, enquanto isso não ocorre, humildemente vos peço para lerem o que escrevo
e eventualmente tecerem comentários, críticas, quem escreve precisa disso...vocês sabem!
Se quiserem dar uma carimbada podem me seguir, se não se sentirem desprestigiados, fato este
que se concretizado me deixará com mais amigos no embornal das boas lembranças...


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Poema da Hora Amarga - 1

É
preciso ter coragem, homem aflito!
É preciso vencer a desesperação, homem aviltado!
Cresce!
sê ainda maior do que és, homem corroído de angústia!
Para que não sossobres.
Para que te salves.
É preciso até
que ames as feridas dessa tua luta,
homem que desejas a paz!
E embora tua boca se amargue de lágrimas
mantém teu sorriso de exaltação
mesmo que elas tenham o sabor do teu sangue!
Há uma inominável transcedência na tua tragédia,
homem que agora tens os pés mutilados,
e as mãos cegas,
e os olhos em alvo,
e o pensamento aturdido de horror!
Cresce!
porque é preciso que tu continues!
Esta é a tua Hora Amarga.
Mas que importa
si a força da tua sobrevivência
te fará renascer cada dia e cada noite
e nenhum relógio deixará de marcar
o milagre da tua redenção!!!

Poemas da Hora Amarga

Dando uma bispada no acervo de relíquias encontrei o livro citado no título de Eliezér Dêmenezes, que adiante publicarei algumas preciosidades, mas este livro foi prefaciado por um Itaquiense que ficou famoso e deixou um enorme cabedal (1903/1966) Manoelito de Ornellas: "Como se Fosse um Prefácio"...
Foi um pintor que falando de poesia, definiu-a como a linguagem dos iguais dispersos no tempo.
Não sei de melhor referência para este livro.
Aqui não é apenas o coração que vibra, nem uma sensibilidade que fala. Esta poesia, tem o ritmo
de muitos corações e murmura por muitas bocas. O poeta se transfunde na humanidade e a humani-
dade se individualiza no seu grito. Ele traz a linguagem dos iguais dispersos no Tempo...
Vem do fundo da madrugada, com os olhos velados de bruma e com as mãos molhadas de sereno luminoso. Vem para a claridade com a mensagem dos homens novos.
seu deslumbramento não o extravia, porém, na paisagem colorida que se rasga  à sua visão pura e profunda.
Na paisagem, o que lhe interessa, é o homem sofrendo, é a tragédia das angústias humanas, é o drama das longas expectativas.
Sua poesia não é intermediária. É direta. Não é um que fala em nome de todos. São todos que falam
por um.
Nesta poesía, filha do momento, está o sinal indelével da época - toda a tortura das almas simples que
procuram um recanto de paz no torvelinho da luta e dentro da lama feita de sangue.
Mas, no fundo de sua beleza - entre os brados de revolta da humanidade pisoteada e ferida - está  um
clarão magnífico de esperança, dessa esperança grande e generosa de um dia novo, de céu azul, sem a
sombra dos pássaros metálicos da morte e sem os estandartes mensageiros da escravidão e da ruína.
É o canto amargo dos que sofrem mas é também o canto animador dos que esperam.
Uma mensagem de compreensão e ternura. Poesia. Manoelito de Ornellas.. 1944...

Clement amigo:

Sí êsse meu livro tivesse a sorte de cair sempre em mãos de pessoas como você, ele poderia ter
pelo menos o orgulho de ser como a boa semente que encontrou uma terra generosa
para o seu humilde e belo propósito de frutificação. Abraça-o Eliezér Dêmenezes.

P.Alegre, dez. VII, 44.



Andrei - Escola São Francisco de Assis

presente inusitado

Há alguns anos fui convocado para fazer um curso de altos estudos financeiros, o que é dinheiro, o que existe por trás desse tipo de negócio...