Tento rasgar o véu dos preconceitos
quero viver a minha própria vida;
cética e descrente, sem ídolos e tabus;
Mas cruel fatalidade do destino!
Sobre o meu pensamento de ser livre
existe o peso de gerações e gerações passadas;
bárbaros ancestrais, fetichistas e pagãos;
adoradores de ídolos sobrenaturais.
E debalde meu pensamento se debate
contra as grades da jaula do passado.
Tento rasgar o véu dos preconceitos,
quero viver a minha própria vida; cética e descrente,
sem ídolos e tabus!
Mas cruel fatalidade do destino!
Corre em meu sangue a tara das superstições.
Meu pensamento é sempre acorrentado
tentando desvendar minha própria origem!
(Fernanda Brito, jornalista poetisa, Cearense, de Fortaleza
viu a luz a 12 de janeiro de janeiro de 27).